A popularização dos atendimentos online e as crescentes exigências do setor médico contribuíram para a popularização da receita digital. Com ela os pacientes podem receber suas prescrições via e-mail ou aplicativos de mensagem.
Mais que simplificar e agilizar o uso dos receituários, a ferramenta também favorece a gestão de prestadores e operadoras de saúde. Afinal, ela se integra aos sistemas internos e elimina a necessidade de inserir manualmente os dados sobre exames e medicamentos prescritos.
Inclusive, a receita médica digital não só é utilizada nas consultas remotas, como também já faz parte do cotidiano das unidades assistenciais. Por meio dela, a digitalização das informações agrega uma visão administrativa mais completa.
Como resultado, uma série de benefícios é obtida, desde a automatização do processo de glosa até melhorias na tomada de decisão e uma maior conformidade no gerenciamento das demandas dos pacientes.
Mas o que é exatamente uma receita digital e como funciona? Quais medicamentos podem ser prescritos por meio dela? Como validar esse tipo de documento? Quais os benefícios de integrá-la a um sistema de gestão de plano de saúde? Descubra a seguir.
O que é receita médica digital?
A receita digital é uma prescrição médica virtual, que segue todos os requisitos de preenchimento da legislação sanitária. Portanto, ela obrigatoriamente deve conter a assinatura do médico com certificado digital ICP-Brasil, nos modelos A3, cartão ou token.
O documento pode ser criado através de um computador e o paciente o acessa por meio da internet, sem ser preciso ter o receituário impresso para comprar os medicamentos. Além disso, na compra dos remédios, a receita também é verificada pelo farmacêutico.
Segundo a Portaria n.º 467 do Ministério da Saúde, o receituário digital é um documento encaminhado ao paciente em padrão PDF. Ele deve ser validado pelo farmacêutico no ato da aquisição do medicamento. Por isso é indispensável o uso do certificado digital.
Normalmente, a receita médica online é emitida por meio de um software médico ou prontuário eletrônico. Além disso, o ideal é que o sistema seja integrado à plataforma de gestão de operadoras de saúde.
Esse tipo de plataforma é responsável pela automatização de toda a análise de contas médicas, inserção de glosas administrativas e técnicas, avaliação de preço, processamento e análise de reembolso, entre outras funções igualmente importantes.
Assim, quando o sistema do plano capta os dados da receita digital, você otimiza sua gestão, que também passa a incluir as informações sobre os medicamentos utilizados pelos pacientes, em prol de verificações em tempo real e de uma administração mais completa e assertiva.
Como funciona a receita digital?
O funcionamento da receita digital é muito semelhante ao da prescrição tradicional. Basicamente, a diferença está na informatização do documento médico e nas facilidades que isso proporciona.
As regras de preenchimento do receituário são as mesmas estipuladas pela legislação sanitária. Entretanto, ao invés de carimbar e assinar um papel, o médico usa um certificado eletrônico como forma de validação.
Depois de receber a receita por meio do canal digital escolhido, basta que o paciente a apresente ao farmacêutico na hora de comprar o medicamento prescrito. Isso inclusive pode ser feito via e-mail ou mensagem, para uma maior mobilidade do processo.
Ao receber o documento, o farmacêutico verifica sua validade no sistema. Uma vez que ela é confirmada, o profissional entrega os medicamentos nas quantidades e especificações apontadas pelo médico.
O farmacêutico também deve ter um certificado eletrônico, para que a mesma receita digital não seja utilizada mais de uma vez. Ademais, veja como a lógica de usabilidade para médicos e pacientes é simples:
Para médicos
Para emitir receitas digitais, os médicos devem possuir um certificado digital emitido pelo ICP-Brasil, usado para assinar as prescrições e comprovar a autenticidade do documento digital.
Para pacientes
A receita digital pode ser enviada para os pacientes em PDF, por e-mail, plataformas próprias ou aplicativos de mensagens. Além disso, ela pode ser usada por farmácias com sistema de entregas, evitando que a pessoa tenha de sair de casa para comprar medicamentos.
Quais medicamentos podem ser prescritos por receitas digitais?
Nem todo medicamento pode ser prescrito via receita eletrônica. Portanto, ao utilizar essa ferramenta de saúde digital, atenha-se às determinações da Anvisa. A agência reguladora só permite que os receituários eletrônicos sejam usados nas seguintes categorias:
- Antimicrobianos;
- Anticonvulsivantes;
- Controladores de hormônios;
- Ansiolíticos;
- Antipsicóticos;
- Antidepressivos.
Portanto, os demais grupos de medicamentos, como talidomida e retinoides, por exemplo, não podem constar na receita digital. Ou seja, os médicos devem receitá-los apenas nas tradicionais receitas físicas.
Esse ponto deve ser observado pelas operadoras. Ao utilizar a tecnologia a favor de sua gestão, nem todos os dados serão obtidos automaticamente no sistema. Assim, a plataforma deve integrá-los às informações inseridas dos demais prontuários posteriormente.
Como validar uma receita digital?
O governo do Brasil, em parceria com o Instituto Nacional de Tecnologia de Informação, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Conselho Federal de Farmácia, disponibilizou um site validador de documentos digitais.
Nessa plataforma, tanto os pacientes, quanto os médicos e farmacêuticos conseguem validar as receitas digitais, além de atestados, relatórios médicos e solicitação de exames.
Para essa validação basta acessar o site e fazer um upload do arquivo em PDF. Logo, o site informa se o número do registro no CRM do médico está ativo e se a receita digital é verdadeira.
Isso reforça os benefícios da tecnologia para as operadoras. Afinal, se todo o controle medicamentoso dos planos for apoiado em sistemas de receita digital, não há margens para inconformidades ou registros em desacordo com as exigências do CFM.
Quais são os outros benefícios de uma ferramenta digital?
Com o mesmo certificado eletrônico que os médicos utilizam para a receita digital, é possível validar outras ferramentas que se tornaram indispensáveis para a medicina atual, como o atestado médico digital e o pedido de exame digital.
Ao digitalizar toda a documentação considerada essencial para o atendimento dos beneficiários, as operadoras passam a dispor de uma automação completa em seus sistemas internos. Isso é imprescindível para superar os seus principais desafios de gestão.
Quanto maior o nível de conectividade de dados, mais ágeis, seguros e assertivos tornam-se os processos do plano. Isso inclui desde a auditoria médica até a gestão de internações, regulação de contas, prevenção a fraudes, entre outras demandas complementares.
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Afinal, o que é receita digital?
A receita digital, como mencionado, é uma prescrição médica virtual, que segue todos os requisitos de preenchimento da legislação sanitária. Portanto, ela obrigatoriamente deve conter a assinatura do médico com certificado digital ICP-Brasil, nos modelos A3, cartão ou token.
O documento pode ser criado através de um computador e o paciente acessa por meio da internet, sem ser preciso ter o receituário impresso para comprar os medicamentos. Além disso, na compra dos remédios, a receita também é verificada pelo farmacêutico.
Quais medicamentos podem ser prescritos por receitas digitais?
Assim como nos receituários impressos, os médicos podem receitar: antimicrobianos, ansiolíticos, antidepressivos, anticonvulsivantes, antipsicóticos e controladores de hormônios, entre outros.
No entanto, medicamentos como retinóides e talidomida, só podem ser prescritos em receitas físicas.
Como funciona a receita digital para médicos?
Para emitir receitas digitais, os médicos devem possuir um certificado digital emitido pelo ICP-Brasil, usado para assinar as prescrições e comprovar a autenticidade do documento digital.
Como funciona a receita digital para pacientes?
A receita digital pode ser enviada para os pacientes em formato PDF, por e-mail, plataformas próprias ou aplicativos de mensagens, como Whatsapp e SMS.
Além disso, a receita pode ser enviada a uma farmácia que tenha um sistema de entregas. Dessa forma, evita que o paciente tenha que sair de casa em tempos de pandemia, para comprar medicamentos.
Como validar uma receita digital?
O governo do Brasil em parceria com o Instituto Nacional de Tecnologia de Informação, o Conselho Federal de Medicina e o Conselho Federal de Farmácia, disponibilizou um site validador de documentos digitais.
Nessa plataforma, tanto os pacientes, quanto os médicos e farmacêuticos conseguem validar as receitas digitais, além de atestados, relatórios médicos e solicitação de exames.
Para essa validação basta acessar o site e fazer um upload do arquivo em PDF. Logo, o site, informa se o número do registro no CRM do médico está ativo e se a receita digital é verdadeira.
Como os médicos e os pacientes se beneficiam dessa ferramenta?
Todo o cuidado é pouco em tempos de pandemia da Covid-19. Afinal, os riscos de contágio só tendem a crescer em áreas comuns, como meios de transporte público, farmácias, supermercados e também unidades de saúde.
Dessa forma, serviços médicos prestados de forma online se tornaram muito mais necessários. Visto que, oferecem menos riscos tanto para os pacientes quanto para os profissionais de saúde, que não precisam sair para receber atendimento médico e nem para prestar seus serviços.
As receitas, atestados, relatórios e solicitações de exames, são enviados por meio online, não necessitando do contato direto com o paciente.
Para o paciente também só traz benefícios, pois, o mesmo não tem os custos com transporte, já que faz a consulta no conforto de sua casa, não perde a receita, pois não está impressa, e ainda, preserva o bem estar seu e de sua família, evitando os riscos da contaminação.
Outro ponto importante é que ocorre uma economia para os hospitais com a emissão desses documentos online, pois não se gasta papel e o meio ambiente também agradece.
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